Assim como os atuais grupos muçulmanos financiados pelo
imperialismo que lutam contra o atual governo da Síria, os “xiitas” da
revolução de iraniana de 1979 também foram da mesma classe que estes grupos
reacionários da atualidade.
A falta de uma postura correta entre os comunistas iranianos
da época abriu passagem para os mesmos muçulmanos que derrubaram o governo
progressista de Mossadegh em 1954 pudessem tomar o controle total do país em
meio a luta contra o shah Pahlevi nos anos 70.
Como se sabe, a religião no poder resulta em atos da mais
pura truculência, e isso não foi diferente quando os fundamentalistas tomaram o
poder total no Irã de 1979.
As primeiras medidas do recém-estabelecido governo islâmico
pesaram contra as organizações progressistas, organizações feministas foram
fechadas, assim como vários sindicatos e associações de trabalhadores,
movimentos estudantis e comitês do Partido Comunista acabaram desmantelados, e
seus membros ou acabaram presos ou foram assassinados pelo governo fascista
islâmico.
Sob estas condições, não demorou muito para que a então
União dos Comunistas Iranianos (fundada em 1976 e atualmente Partido Comunista
do Irã que se diz maoísta mas prega o revisionismo pós-maoísta do norte-americano
Bob Avakian) pegassem em armas na luta contra o regime teocrático fascista. A
luta começou em 1982 nas florestas de Amol, região norte do Irã, porém, a forte
repressão fez com que os camaradas só voltassem a lutar contra o governo
teocrático em 1984, passando a operar na região do Curdistão.
Insurgentes de 1982. |
Ainda que que a República Islâmica do Irã chame Estados
Unidos e Inglaterra de “grande e pequeno satã”, respectivamente, o próprio
governo iraniano além de manter seu sistema de opressão aos grupos
progressistas também oprime o povo do Curdistão (atualmente o povo curdo é
formado por mais de 30 milhões de pessoas que vivem na região do Curdistão,
localizada entre o Irã, Iraque, Síria, Turquia e Armênia), porém a rebeldia do
povo curdo não pode ser detida, devido a guerra popular de independência movida
pelo Partido do Trabalho do Curdistão (PKK) em aliança com o Partido Maoísta da
Turquia (antigo TKP-ML) e outros grupos menores.
Guerrilheiras do PKK |
Guerrilheiros do TIKKO, braço armado do Partido Comunsita da Turquia (Marxista-Leninista) |
Como se sabe, a luta antiimperialista assim como qualquer
outra luta concreta não se manifestam em meras palavras afáveis, carregadas de
idealismo e demagogia, porém, deve-se manifestar em atos, coisa que o governo
iraniano não tem feito, e pelo contrário, tem se aliado com governo turco na
luta contra a independência do povo curdo, tem oprimido movimentos
progressistas, além da cruel repressão aos direitos das mulheres.
ABAIXO AO
FUNDAMENTALISMO! VIVA O MAOÍSMO!
VIVA A GUERRA POPULAR
NA TURQUIA E A LUTA DO POVO CURDO!
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