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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ação anticomunista no Irã


Assim como os atuais grupos muçulmanos financiados pelo imperialismo que lutam contra o atual governo da Síria, os “xiitas” da revolução de iraniana de 1979 também foram da mesma classe que estes grupos reacionários da atualidade.

A falta de uma postura correta entre os comunistas iranianos da época abriu passagem para os mesmos muçulmanos que derrubaram o governo progressista de Mossadegh em 1954 pudessem tomar o controle total do país em meio a luta contra o shah Pahlevi nos anos 70.


Como se sabe, a religião no poder resulta em atos da mais pura truculência, e isso não foi diferente quando os fundamentalistas tomaram o poder total no Irã de 1979.

As primeiras medidas do recém-estabelecido governo islâmico pesaram contra as organizações progressistas, organizações feministas foram fechadas, assim como vários sindicatos e associações de trabalhadores, movimentos estudantis e comitês do Partido Comunista acabaram desmantelados, e seus membros ou acabaram presos ou foram assassinados pelo governo fascista islâmico.

Sob estas condições, não demorou muito para que a então União dos Comunistas Iranianos (fundada em 1976 e atualmente Partido Comunista do Irã que se diz maoísta mas prega o revisionismo pós-maoísta do norte-americano Bob Avakian) pegassem em armas na luta contra o regime teocrático fascista. A luta começou em 1982 nas florestas de Amol, região norte do Irã, porém, a forte repressão fez com que os camaradas só voltassem a lutar contra o governo teocrático em 1984, passando a operar na região do Curdistão.

Insurgentes de 1982.
Ainda que que a República Islâmica do Irã chame Estados Unidos e Inglaterra de “grande e pequeno satã”, respectivamente, o próprio governo iraniano além de manter seu sistema de opressão aos grupos progressistas também oprime o povo do Curdistão (atualmente o povo curdo é formado por mais de 30 milhões de pessoas que vivem na região do Curdistão, localizada entre o Irã, Iraque, Síria, Turquia e Armênia), porém a rebeldia do povo curdo não pode ser detida, devido a guerra popular de independência movida pelo Partido do Trabalho do Curdistão (PKK) em aliança com o Partido Maoísta da Turquia (antigo TKP-ML) e outros grupos menores.

Guerrilheiras do PKK

Guerrilheiros do TIKKO, braço armado do Partido Comunsita da Turquia (Marxista-Leninista)

Como se sabe, a luta antiimperialista assim como qualquer outra luta concreta não se manifestam em meras palavras afáveis, carregadas de idealismo e demagogia, porém, deve-se manifestar em atos, coisa que o governo iraniano não tem feito, e pelo contrário, tem se aliado com governo turco na luta contra a independência do povo curdo, tem oprimido movimentos progressistas, além da cruel repressão aos direitos das mulheres.

ABAIXO AO FUNDAMENTALISMO! VIVA O MAOÍSMO!

VIVA A GUERRA POPULAR NA TURQUIA E A LUTA DO POVO CURDO!

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