Páginas

domingo, 20 de outubro de 2013

O PRÉ-SAL É NOSSO!



Povo brasileiro cidadãos irmãos do Oiapoque ao Chuí, colegas de feijão e de cuzcuz, é com grande tristeza que ficamos sabendo que uma das maiores, se não a maior reserva de petróleo do mundo, que pertence ao nosso país, está sendo entregue de bandeija aos estrangeiros. Não bastando essa alta traição, o governo federal usará ainda de todas as suas forças armadas, treinadas para matar com armas de guerra inclusive, para garantir que esse roubo flua tranquilamente com o silêncio das massas, imitando uma gangue de assaltantes que espanca e aponta armas para calar suas vítimas.

Cabral e sua gangue sempre unidos pela Tradição Colonial
Isso deixa bem claro para quem brilha a estrela do partido da nossa presidente, partido esse que é só uma parte do aglomerado de bandidos dispostos a prender, violentar e matar quantos de nós forem necessários para atingir seus fins mesquinhos. O espírito da ditadura de 513 anos se anima mais uma vez para assegurar que poucos vivam no mais exagerado luxo e desperdício às custas de centenas de milhões.

Não é exagero fazer esse flerte com a História do Brasil. Em 1500, Cabral desembarcava com suas espadas, espelhinhos e vírus da gripe, dentre outras armas e quinquilharias, para trocar tudo isso por grandes quantidades de ouro e pedras preciosas, além de troncos e mais troncos da árvores que dá nome ao nosso país, deixando um rastro de sangue indígena onde passou em combate direto às tribos que repudiaram sua presença ou indiretamente, ajudando os nativos com quem se amigavam a dominar tribos inimigas com espingardas, canhões e pequenos barcos que navegavam pelos nossos rios abarrotados de lusitanos e silvícolas a saquear o que encontravam.
Nem na Colônia, nem no Império e muito menos na
República nossos índios tiveram paz.
Cabral foi embora, mas sua esquadra deixou nestas grandes terras um vergonhoso legado de submissão internacional que ainda se esforça para se perpetuar. Não demorou muito para que depois daquelas caravelas mais e mais barcos aportassem aqui para que Portugal deixasse nosso país com sua cara: Semi-feudal, agraríssimo e escravizado. Séculos e séculos de latifúndio, devastação ambiental, chicotadas e navios carregando nosso ouro e pedras preciosas para muito longe de nossas fronteiras se passaram às custas do suor e do sangue de inúmeras gerações de negros e indígenas, enquanto as assembléias coloniais discutiam a velocidade com que Lisboa nos sugava até que todos fizessem um grande acordo pela manutenção dos interesses da Coroa.

Nem mesmo quando ficamos formalmente independentes dos desmandos portugueses pudemos nos libertar desse legado. Em pleno Império Brasileiro, com todo seu orgulho de ter gritado "o brado retumbante às margens do Ipiranga", destruído o Paraguai e criado belos castelos para a família real se hospedar enquanto a seca vitimava o povo no Nordeste, continuavam em pleno vigor as plantações de açúcar e café, as fazendas de leite e charque e as minas de ouro, diamantes e esmeraldas a servir banquetes luxuosos para os nossos poderosos sendo que nesses banquetes comiam primeiro os nobres de sangue azul de Portugal, da Inglaterra e da Hollanda, pegando assim as melhores partes dos pratos, os nossos latifundiários e 'coróneis' comiam o que sobravam e para o resto do povo sobravam migalhas, muita louça pra lavar e gritos de magnatas exigindo mais comida enquanto o baile rola ao som do negro que grita no tronco.


Um autoritarismo lindo por uma submissão fofa e um Brasil
carinhoso. Ouunnn...   ¬¬' Vá enganar o jegue, Dilma!
Eis que surge então a República, num golpe militar que nem o primeiro presidente esperava, muito menos o povo, que pensou serem aquelas colunas marchando fora do feriado uma parada militar qualquer. Na nova forma de organização política que se construía fundamentada no que pensavam ser ciência, mas tinham certeza que não era o misticismo religioso da monarquia, um emaranhado de ideias autoritárias importadas da Europa orientou nossos 'amados' líderes acostumados à vida no quartel a disciplinarem e dividirem as pessoas como pracinhas. Dezenas de revoltas foram reprimidas a ferro e fogo em defesa da Ordem cuspida pelos generais e do Progresso dos empreendores que, depois de pacificado, receberam dos militares um país pobre, agrário e endividado, quase como era a séculos atrás, mas agora sem reis interferindo nos negócios. Um hora, senhores do café, outra hora senhores do leite, assistidos pelos senhores do algodão, do fumo e das muito pequenas indústrias que surgiam e cresciam. Apesar das mudanças, continuavam as semelhanças com o passado: Os mesmos ingleses que controlavam o comércio mundial com pirataria e preços baixos, chegando até a forçar a abolição da escratura com suas leis internacionais aprovadas por eles mesmos (como o Bill Alberdeen) no tempo da monarquia agora recebiam de bandeija o sistema abastecimento de água da cidade do Rio como garantia de pagamento das dívidas do nosso governo mantidas a altos juros. Quem tinha essas maravilhosas ideias e aplicavam elas, na forma da lei? Latifundiários intimamente ligados ao comércio Europeu, agora eleitos num grande esquema de compra de votos e troca de favores chamado 'Política dos Governadores', que claramente remonta ao feudalismo.

ENGANA OUTRO, CHEIRA-PÓ!
Nisso chega Vargas através de um golpe, leva todos nós à beira do fascismo (chegando a receber a filha de Mussolini numa visita oficial) com seu conceito de naciolismo que favoreceu nossa indústria e deixou nossas leis com a cara do que Hitler chamava "Nova Europa" (talvez por isso o 'Estado Novo' de Vargas) e só não entrou na guerra em parceiria com a nazaiada porque recebeu forte$$ in$entivo$$ da América na construção da Siderúrgica Nacional. Daí em diante, tudo se resume a um eterno conflito entre 3 categorias de atores políticos:
1) Aqueles que defendem até a morte (de preferência, a morte dos outros) o direito das multinacionais de se instalarem aqui "gerando emprego e renda", além da não interferência do Estado, com suas leis em impostos, em nada que toque seus negócios e seus artigos de imeeensa importância para o Brasil (esquis, carros conversíveis beberrões, lanchas, videogames...);

Nesse tempo, o petróleo ainda era nosso graças a Vargas,
mas a presença da Chevrolet, da Unilever e da Philips,
dentre tantas outras com custo de produção menor que os
nossos,  já dificultava a indústria nacional.
2) Aqueles que estão sempre em cima do muro, mas uma hora ou outra mostram como não se imaginam vivendo de outra forma que não seja a pensada pelos primeiros;

3) E aqueles que se opõem a tudo o que os primeiros querem e conseguem.

Nisso, G-Tulho cai também por golpe e é eleito outro general, aquele Gaspar Dutra que quase quebrou o país importando artigos de luxo para as classes altas comprarem, como o nada econômico carro Plymouth, além ter ter fechado o Partido Comunista do Brasil e perseguido vários ativistas políticos, JK faz promessas e obras tão faraônicas quanto a inflação da moeda, Jango e Janio se rebatem tentando se aproximar da União Soviética, procurando novos mercados, além de promover uma tímida reforma agráia, o que irritou a extrema direita e provocou mais um golpe.

É triste admitir isso, mas as heranças que carregamos da
ditadura vão além da economia e das obras faraônicas
projetadas para desvio de verba, superfaturamento etc.
Herdamos dela também defensores confessos, como o
Deputado Federal Jair Bolso, sem falar de governadores,
prefeitos e deputados estaduais que continuam impunes
pela mesma ditadura neoliberal que os absolveu no STF.
Mas o mais importante, além dos que fizeram as leis e
muitas vezes fora da lei, é a impressaa da ditadura, sempre
dedicada a "apoiar causas que o povo brasileiro abomina",
como bem disse Leonel Brizola. O que se tem a dizer sobre
essa imprensa imunda que ousa ainda pousar de defensora
da liberdade e da democracia não cabe neste texto, mas
vale lembrar que sua influência chega até os mais ativos
manifestantes de hoje, como se vê no grito de "Sem
vandalismo!" muito usado para proteger prédios e coisas
ligados à repressão ou ao descaso, como ônibus velhos,
carros de polícia e até tapumes de obras públicas.
Agora que o sangue jorrava. Não era mais preciso o presidente se fingir de bonzinho, de amigo do povo para acalmar as massas. Ele pratica a Ordem pensando no Progresso. Aos outros, pessoas menores, cabia obedecer em silêncio para não sumir misteriosamente.

O governo de exceção colocou à todo vapor o maldito legado brasileiro. Mais uma vez, o autoritarismo impedia reformas agrárias, suprimia a liberdade de expressão do povo fechando jornais e partidos, contraía empréstimos a altos juros fora do país, concentrava renda e até fazia algumas privatizações, tudo conforme as exigências do FMI e da nova moda política que a finada Tatcher e Adolf Ronald Reagan pregavam: O neoliberalismo.

Assim, o milagre que nada tinha de santo garantiu crescimento de renda até certo ponto e confortou muitos na classe média formada pelos concursos do Banco do Brasil, Caixa Econômica e outros conseguidos com a expansão da fronteira agrícola, a submissão do país aos interesses estrangeiros, o aumento da exploração das pessoas com o corte sistemático de direitos e gastos sociais e a destruição dos mais importantes opositores, fossem eles guerrilheiros maoístas ou, de novo, indígenas que fiquem no caminho dos poderosos, o que massacrou muitos desses e até escravizou outros tantos.

Ao fim, depois de desgatada com a corrupção generalizada, com a crise econômica provocada por uma série de erros de planejamento, além de crises internacionais, e sofrendo fortíssima pressão popular, apesar de liquidados os opositores mais combativos do regime, a ditadura decretou anistia e se implodiu, processo histórico que não foi permitido para as massas conduzirem, mais uma vez, mantendo por mais algum tempo o maldito legado do Brasil, tão formidável aos interesses do imperialismo e aos dos nosso ricos submissos.

Jornal da ditadura e da 'democracia'. QUALQUER SEMELHANÇA NÃO É MERA COINCIDÊNCIA.

Já chegando ao fim desse curto passeio pela nossa história, vemos um senador biônico tomar posse da presidência depois de um presidente morrer de forma muito estranha, um playboy apoiado pela mesma imprensa da ditadura cometer barbaridades e sair com interferência do mesmo canal que o ajudou a se eleger, um sujeito duvidoso ser eleito e reeleito vendendo as maiores empresas do Brasil, inclusive a própria PETROBRÁS, enquanto chacinas ocorriam em seu governo e até tanques foram usados para reprimir uma manifestação numa petrolífera.

Depois dele, temos Lula e Dilma, seguindo a mesma agenda, privatizando tudo o que podem, expandindo programas de diminuição da pobreza não porque seu gênio criativo os inventou, mas porque são recomendações do banco mundial justamente prevendo a exclusão social provocada pelo terror neoliberal, e o mesmo tratamento especial dado para os pobres desde o tempo de Cabral que Mv Bill descreve claramente no seguinte verso:

[...]FHC não dá nada pra favela/
Só dá carnaval, miséria, polícia e novela[...]

Para os índios, as demarcações de terras (como em Raposa Serra do Sol), as construções de barragens hidrelétricas (como em Belo Monte) e as chacinas periódicas (como os Guarani-Kaiouás, dentre inúmeros outros exemplos) servem como prova clara de que nosso povo não é livre, feliz e muito menos vive numa democracia.





CHEGA!!!


Escravidão nunca mais! Nosso povo EXIGE respeito e tem o pleno direito de decidir seu próprio destino, governar e governar-se para que assim, numa verdadeira democracia, num novo Brasil nós acabemos de vez com esses séculos de submissão ridícula que tanto tormento tem causado a nosso povo!


PRECISAMOS REVOLUCIONAR O BRASIL!
A história ensina e, por todo esse tempo, mesmo sem saber, é o que o povo mais deseja!

 É inadmissível que continue o roubo escancarado das nossas riquezas sob qualquer desculpa que se pense em inventar! 
SEM MAIS LATIFÚNDIO! SEM MAIS CRIMES DE ESTADO, 'CORONÉIS', SANGUESSUGAS, MENSALEIROS, PRIVATAS OU QUALQUER OUTRA ESPÉCIE DE ASSALTANTE DOS TRABALHADORES!


 Nossa causa é justa e perfeitamente possível, meus amigos. Isso se prova não só no sucesso da união popular em vários países ao longo do tempo, como vimos no Vietnam ou na Tunísia, mas também dentro de nossas fronteiras!

É totalmente falsa a lenda de que "brasileiro é um povo besta que se deixa dominar e é manipulável que nem gado..." Prova disso está exatamente na nossa história: Se fôssemos tão calmos quanto dizem, não teríamos a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana, a Confederação do Equador, a Balaiada, a Sabinada, a Revolução Farroupilha, a Revolta de Canudos, os 18 do Forte, a Coluna Prestes, o MR-8, a Guerrilha do Araguaia, inúmeras paralisações sindicais, ocupações de reitorias, prédios públicos e hidrelétricas, greves gerais em diversas ocasiões e, só neste ano, agitamos o país, ainda que de forma anárquica, e chegamos a entrar no covil da experimentação animal para libertar vítimas dessa escravidão ente espécies que o homem inventou!


Com todas as críticas, com todos os erros típicos de quem está (re)começando a ocupar as ruas, não podemos esquecer das várias conquistas que a Luta Popular, verdadeira fonte de direito de todo trabalhador, trouxe para o Brasil. COM A CERTEZA NA FRENTE E A HISTÓRIA NA MÃO, TIRAMOS GENERAIS, MAURICINHOS E CORONÉIS DA PRESIDÊNCIA! 

"FAZER REVOLUÇÃO NÃO É CRIME!" - Jiang Qing, ex-mulher de Mao Tsé-Tung

Mais uma vez, o dever nos chama.

Por pressão popular, nossos antepassados defenderam todo petróleo brasileiro e tiveram um sucesso grandioso que levou à criação da Petrobrás, empresa pública que tinha o monopólio da produção até um neoliberal, Fernando Hidro Canabinóide, sacanear tudo com suas receitas de bolo inflacionárias dignas dos aplausos de Bill Clinton e outros de sua laia.

Mas isso não bastou para eles. Além de tomarem a petrolífera, nos espionam A TODOS, MUITO ALÉM DA PRESIDENTE E DE ALGUNS MINISTROS, e querem levar uma das nossas riquezas mais preciosas, o pré-sal!

Nessa escalada se junta, como era de se esperar, a mídia dos ricos em seu ridículo esforço de naturalizar o roubo da nossa pátria. Não neste vídeo, mas em comentário publicado no Jornal da Globo, Arnaldo Jabor disse que devemos, sim, dividir a exploração do petróleo, que é uma oportunidade de ouro, a concorência entre empresas gerou muitos empregos a economia do Brasil é como uma carroça puxada por dois cavalos, onde um é dinâmico e entende as necessidades do mercado e o outro é empacado e fica sempre impedindo que o mais arredio corra muito. 'Vai ver não é cavalo, é um burro':




"O brasil não é uma carroça conduzida por dois cavalos, Jabor. Nosso país é conduzido com pessoas, mas não livremente, e sim controladas por redéas curtas e chicotadas dilma figura que representa em sua expressão bossal e seu topete os valores gananciosos de uma elite historicamente racista e excludente. Você, Jabor, é só um dos fios desse topete. Nós, povo, puxamos todos essa carroça que te conforta, mas com um detalhe: Somos a parte dos escravos que mostra para a outra que, unindo e lutando, derrubaremos milhares de inimigos da pátria, traidores, sim, como você.

Agora nos poupe de suas ridículas análises políticas e seu discurso infame antes que processemos você por calúnia e danos morais na justiça, condenando você e sua emissora na rua, seu burro!" - Rivaldo Cardoso

É contra esse tipo de gente que canalizamos nossa luta.

Aceitar a 'exploração parceira' do petróleo brasileiro é tirá-lo da riqueza pública brasileira para que seja embolsado noutro país qualquer, deixando de render fundos tão importantes para financiar toda a estrutura e assistência social que nosso povo precisa (saúde, educação, moradia, meio-ambiente, cultura, saneamento básico...)!

Defender que ele seja todo nosso, no entanto, é um ato patriótico fundamental para qualquer fim. É como defender o território brasileiro: Não importa se você é do PT, não tem filiação partidária ou vota no Eymael. Se não tivermos pleno e soberano domínio sobre o que nos é de direito (terra, petróleo, pessoas), como poderemos pensar em políticas para tudo isso?!

Por isso mesmo, não só eu peço, mas tudo o que se mostra aqui exige sinceramente que VOCÊ, que agora tem conhecimento sobre a dimensão do que é não ter direito exclusivo de propriedade do Pré-Sal, venha para a rua segunda-feira e quantos dias mais forem necessários para que esse crime contra o patrimônio de todo o povo brasileiro siga adiante e, se seguir, que seja revogado o mais rápido possível.

ESQUEÇA AS INCLINAÇÕES POLÍTICAS E PARTIDÁRIAS! ISSO É SOBRE A DEFESA DO BRASIL!


 Os protestos já estão sendo organizados em todo o Brasil. Consulte, no link a seguir, onde vão acontecer as manifestações no seu estado e venha cumprir com seu dever patriótico muito melhor que qualquer um dos soldados que foram ao Rio de Janeiro apoiar essa barbárie:   http://www.sindipetro.org.br/w3/


POR UMA NOVA HISTÓRIA DO BRASIL!

PELO FIM DO LEGADO DE SUBMISSÃO AOS INTERESSES DO IMPERIALISMO!

QUE AS RIQUEZAS DO BRASIL SEJAM TODAS, SEM EXCEÇÃO, DO POVO BRASILEIRO!

 O MAIOR INIMIGO ESTÁ DENTRO DE NÓS: CHAMA-SE MEDO.

JUNTOS VENCEREMOS!   



Até amanhã, camaradas!!!

Assina com orgulho e compromisso patriotico,

Rivaldo Cardoso Melo

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O esquadrão da democracia

Recorte do jornal A Classe Operária de 1970

Em 1970, o antigo jornal combativo A Classe Operária publicava uma matéria sobre o Esquadrão da Morte e sua função para a ditadura militar. Aparentemente, grupos de extrema-direita como o CCC e o Esquadrão desapareceram, “são coisas do tempo da ditadura e não encontram mais espaço no nosso meio democrático”, assim a mídia busca retratar, tentando varrer o banditismo policial para debaixo do tapete, justificando suas ações truculentas como um meio de “auto-defesa” contra “marginais” e “subversivos”.

Desde os tempos de Emílio Garrastazu Médici, negava-se a existência ou a atuação destes grupos reacionários, por muito tempo seguiu-se assim, mesmo com a conivência da mídia burguesa, e com o respaldo do governo.

A própria mídia burguesa chegou a declarar nos últimos anos que o Esquadrão da Morte há muito estava extinto, ficando apenas como uma triste lembrança dos “anos de chumbo”.

Acontece que este grupo reacionário continua a operar respaldado pelo governo, e outros grupos continuam a surgir na forma de “milícias”. O site Wikipédia ainda faz menção sobre a atuação do Esquadrão da Morte no estado do Espírito Santo. É claro que há diversas “milícias”, ou melhor, bandos de policiais respaldados pelos oficiais, políticos e toda a ralé que suga o dinheiro público. Apesar da grande variedade de bandos armados formados por policiais corruptos, a sua semelhança com o esquadrão da morte é a mesma, e sua utilidade para o velho poder também é a mesma, desde os tempos da ditadura até o presente período da democracia feita por cassetetes e leis idiotas.

O método violento com que os grupos de extermínio criados pela polícia agem, são reflexo em plenas zonas urbanas dos remanescentes do feudalismo, além da formação de bandos criminosos, que também é outro reflexo do semi-feudalismo a qual o nosso povo está submetido há mais de 500 anos.

As forças de repressão continuam a fazer alusão aos métodos truculentos da ditadura militar. Para a PM de SP, o golpe de 1964 foi “uma revolução” na qual “o povo solidarizou-se”. Entenda-se que os remanescentes da ditadura vão muito além de odes dos policiais e métodos agressivos. Existe um batalhão de operações especiais conhecido como BOPE, conhecido mesmo pela sua ação truculenta para com os negros e pobres, tendo virado assunto em dois filmes, “Tropa de Elite I" e o "II”. Pois bem, o símbolo do velho esquadrão da morte era uma caveira, conhecida como “Scuderie Le Cocq”, em homenagem ao detetive Le Cocq, morto por traficantes na década de 60. O símbolo do BOPE continua a ser uma caveira parecida com a do esquadrão da morte, com uma diferença mínima: ao invés de ossos cruzados, são duas garruchas que estão atrás e uma faca cravada no crânio. Para quem é brasileiro ou mesmo para os camaradas de outros países, sabe-se que a democracia burguesa é tão mansa e amável igual um demônio furioso.



O velho esquadrão e suas crias continuam a subsistir no atual governo. Governo este tão aplaudido pela corja de revisionistas do PCdoB e outros revolucionários arrependidos que se integraram ao PT, e ao PDT. O atual jornal A Classe Operária (que hoje em dia não passa de um folhetim de bajulação ao governo fascista do PT) esconde a ação repressiva das "forças democráticas", ao mesmo tempo em que o atual "Programa Socialista para o Brasil" do PCdoB (entenda-se Programa Capitalista para o Brasil) declara abertamente seu apoio às forças armadas enquanto estas "estiverem em defesa da democracia". Ora camaradas, sabemos o quão "democrático" é o exército tanto para com os civis como para os militares de baixa patente. Também sabe-se do lado “democrático” dos militares que ainda insistem em desfilar no dia 31 de abril para comemorar o golpe de 1964. Democrática também é a intervenção no Haiti, e a caça aos camaradas do Peru, que a esse momento estão a verter sangue e suor na gloriosa Guerra Popular.

O banditismo policial amparado pelo governo nada mais é do que outra manifestação feudal em nosso país, e que se estende até nas zonas urbanas. As ações do povo, principalmente as do povo carioca, que dia após dia se rebelam contras as UPP, mostram o rechaço das massas perante a truculência policial, que recai principalmente sobre as massas pobres. As ações dos grupos de extermínio e da truculência legalizada só podem ser combatidas desta forma, mediante a ofensiva popular, e não através das ações da polícia comum, que nada mais é do que guarda-costas de grupos de extermínio e dos grupos de traficantes. Ora, a polícia militar enfrentando seus aliados (grupos de traficantes e esquadrões da morte) seria como dar um tiro no próprio pé.

A atualidade dos milicos: do lado esquerdo, um relógio de parede que faz alusão ao grupo fascista, e do lado direito, o símbolo do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE, com o símbolo "diferente", porém, com a mesma truculência do Esquadrão fascista
Portanto, cabe às massas organizadas rechaçar o banditismo policial, respondendo a violência não com flores, mas com balas, “ferir com ferro quem também fere com ferro”. A ação das massas não deve-se limitar apenas à auto-defesa e os camaradas comunistas não podem ter esse tipo de consciência. Uma vez iniciada a ofensiva popular, esta só deve cessar quando os reacionários se renderem e quando o poder for arrancado de suas mãos e passado para as massas de operários, camponeses e intelectuais revolucionários!

ABAIXO AO SEMIFEUDALISMO! VIVA O COMUNISMO!

VIVA A GUERRA POPULAR NA ÍNDIA, PERU, TURQUIA E FILIPINAS!

RESPONDER O BANDITISMO POLICIAL COM A OFENSIVA POPULAR REVOLUCIONÁRIA!