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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Partido Comunista da Índia (Maoísta) rechaça acordos de paz



Enquanto as FARC seguem com o seu revisionismo vacilante, o Partido Comunista da Índia (Maoísta) segue firme desenvolvendo a guerra popular.
O presente artigo foi postado ontem no blog espanhol Odio de Clase informando sobre o rechaço dos acordos de paz oferecidos pelo governo fascista indiano:

O Governo indiano, através de seu ministro Jagadish Shettar, ofereceu ao Partido Comunista da India (Maoísta) uma suposta iniciativa de paz, consistente em obter conversações encaminhadas a integrá-los na sociedade indiana.

A tal "oferta de paz" foi acompanhada por uma trégua de 6 dias nas operações policiais contra a guerrilha maoísta, entre 18 a 23 de setembro.

Embora o Governo tenha afirmado que alguns líderes maoístas estavam dispostos a se render, nenhum líder maoísta respondeu a oferta de rendição.

O cessar-fogo pode ter ajudado os maoístas se reagruparem e passarem para território mais seguro em áreas de maior pressão policial. "Na semana em que a operação for interrompida, podem ter tido reuniões na floresta sobre seu futuro. O cessar-fogo tem os ajudado a se movimentarem livremente e a se reorganizarem", disse um oficial.


Informação extraída de:
http://signalfire.org/?p=21088

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

20 anos do discurso do cárcere!

" Ao homem, tudo lhe podem tirar, menos isto  ". (referia-se ao PENSAMENTO, com o dedo apontado para a sua cabeça).


Ha exatos vinte anos, o Dr. Abimael Guzmán Reynoso (presidente Gonzalo), chefe máximo da revolução proletária no Peru fez o seu último discurso perante a imprensa burguesa nacional e internacional. Ainda que atrás das grades e cercado por soldados fortemente armados (cenário armado pelos comparsas do regime fascista de Fujimori, como pretexto para humilhar e demonizar o líder máximo do Partido Comunista do Peru), porém, nesse seu último discurso, o presidente Gonzalo mostrou firmeza ideológica, e orientou as massas revolucionárias para que continuassem a guerra popular no Peru.

“Nós estamos aqui como filhos do povo e estamos combatendo nestas trincheiras, que são também trincheiras de combate e o fazemos porque somos comunistas! Porque nós defendemos aqui os interesses do povo, os princípios do Partido, a Guerra Popular, isso é o que fazemos, o estamos fazendo e seguiremos fazendo!... Hoje em dia a realidade é uma, os mesmos contendentes da Iª e IIª Guerra Mundiais, estão gerando, estão preparando a IIIª nova guerra mundial. Isso devemos de saber e nós como filhos de um país oprimido somos parte do butim. Não podemos consentir! Já basta de exploração imperialista! Debemos acabar com eles!”

(Trecho do discurso proferido em 24 de setembro de 1992)

Presidente Gonzalo durante o Discurso do Cárcere, 24 de setembro de 1992.
Mesmo tendo matado muitos comunistas (alguns sem chances de defesa como ocorreu nas prisões de Callao, Luringancho e Frontón em 1986), as forças fascistas sob a batuta dos oligarcas tentaram golpear a direção do PCP, e com certeza, a prisão do presidente Gonzalo foi um duro golpe, porém, a firmeza ideológica tanto por parte da liderança encarcerada (principalmente depois do majestoso discurso do cárcere proferido em 24 de setembro de 1992) como por parte dos quadros, conseguiu manter vivas as chamas da guerra popular no Peru, a vanguarda de todas as revoluções proletárias da atualidade.

No ano seguinte ao da prisão de Abimael Guzmán, apareceram supostas “cartas de paz”, que segundo o governo fascista peruano, foram escritas pelo próprio Abimael Guzmán, esse suposto acordo de paz serviu de base para o aparecimento de uma linha oportunista de direita dentro do partido (LOD), que visava a capitulação e a reconciliação, os renegados criaram sua própria organização (MOVADEF), que na verdade serve apenas como força auxiliar da corja reacionária. Nos últimos tempos, essa linha oportunista continuou a ter voz dentro do partido através do comandante José Artemio, que acabou capturado no começo deste ano.

As ditas “cartas de paz” na verdade era uma fraude. Porém, a fraude só ficou mais clara em 2008, quando o ex-agente do Serviço de Inteligência Nacional do Peru, Rafael Merino Bartet confirmou que foi ele mesmo quem criou as “cartas de paz”.

O uso das “cartas de paz” é mais uma das ferramentas utilizadas pelo imperialismo como meio de “domesticar” os maoístas, como fizeram no Nepal há seis anos e como ainda tentam fazer no Peru e na Índia.

É claro que outras formas de ataque à figura de Abimael Guzmán e seus aportes também se manifestaram tanto dentro como fora do partido, tendo eco entre os nossos “muy amigos” intelectualóides burgueses e na própria mídia burguesa, que sempre lançam bombas de pura desinformação através do jornal, rádio, TV, internet...

Os mesmos ataques que Kruschov, Deng Xiaoping , Enver Hoxha e seus capagangas dirigiram a Stalin e a Mao Tsé Tung, atualmente também recaem sobre a figura do mestre Abimael Guzmán.

O acusam de terrorismo, culto à personalidade, totalitarismo, enfim, os ataques partem desde elementos da extrema-direita até aos comunistas de palavra. A burguesia o ataca por lutar ha séculos contra o proletariado e sua chefatura revolucionária, já os tais “comunistas” o atacam por geralmente desconhecerem a sua contribuição à frente do PCP além é claro de acabarem como alvo fácil da propaganda difamatória da grande mídia.

Foi graças ao trabalho do presidente Gonzalo na liderança do Partido Comunista do Peru, que o maoísmo finalmente foi reconhecido como terceira e superior etapa do marxismo, contribuição de enorme importância, que serviu de luz à vários partidos e organizações comunistas pelo mundo, assim também vale destacar que foi o PCP o primeiro partido comunista a iniciar uma guerra popular sob a luz do maoísmo (em abril de 1980) após a morte de Mao, justamente em uma época um tanto quanto turbulenta, já que o social-imperialismo chinês passou a renegar os aportes de Mao, retirou o seu apoio a partidos comunistas em revolução (como aconteceu na Malásia, Tailândia, Camboja, e Myanmar) ou iludiu-os a iniciarem o processo de capitulação. Por outro lado, o marxismo-leninismo de Enver Hoxha havia se convertido em um dogmato-sectarismo incrível, ao ponto de voltar seu ataque contra Mao Tsé Tung, assim, o revisionismo albanês também acabou reunindo em torno de si outras organizações comunistas combatentes (Partido Bandera Roja-Venezuela, PCML-Colômbia, Partido Comunista do Brasil...).

Como diz um velho ditado: “os verdadeiros amigos aparecem nas piores horas”, foi assim que se sucedeu em relação à defesa do então “pensamento Mao Tsé Tung”, que atualmente graças a Abimael Guzmán é marxismo-leninismo-maoísmo.

Indo contra a maré oportunista e capituladora, o presidente Gonzalo também ensinou sobre o atual momento, ou melhor, estamos no momento da ofensiva estratégica da revolução proletária mundial. Isso faz total sentido quando entendemos que nunca houve um começo de século tão abalado por lutas populares como no presente momento, ao mesmo tempo em que organizações maoístas se desenvolvem ou preparam-se para a guerra popular, e as guerras populares já desferidas seguem avançando.

Desde o Brasil apoiamos a guerra popular no Peru e defendemos a figura importantíssima do camarada Abimael Guzmán!
Mesmo estando encarcerado há 20 anos, mesmo que seu último pronunciamento tenha sido feito em 1992, e mesmo que a sua última aparição tenha sido em 2006, sua postura de revolucionário e suas contribuições para a revolução proletária mundial servem como fonte de inspiração aos comunistas revolucionários de todo o mundo, pois como ele mesmo disse no momento de sua prisão:

“Ao homem, tudo lhe podem tirar, menos isto” (o pensamento).

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ação anticomunista no Irã


Assim como os atuais grupos muçulmanos financiados pelo imperialismo que lutam contra o atual governo da Síria, os “xiitas” da revolução de iraniana de 1979 também foram da mesma classe que estes grupos reacionários da atualidade.

A falta de uma postura correta entre os comunistas iranianos da época abriu passagem para os mesmos muçulmanos que derrubaram o governo progressista de Mossadegh em 1954 pudessem tomar o controle total do país em meio a luta contra o shah Pahlevi nos anos 70.


Como se sabe, a religião no poder resulta em atos da mais pura truculência, e isso não foi diferente quando os fundamentalistas tomaram o poder total no Irã de 1979.

As primeiras medidas do recém-estabelecido governo islâmico pesaram contra as organizações progressistas, organizações feministas foram fechadas, assim como vários sindicatos e associações de trabalhadores, movimentos estudantis e comitês do Partido Comunista acabaram desmantelados, e seus membros ou acabaram presos ou foram assassinados pelo governo fascista islâmico.

Sob estas condições, não demorou muito para que a então União dos Comunistas Iranianos (fundada em 1976 e atualmente Partido Comunista do Irã que se diz maoísta mas prega o revisionismo pós-maoísta do norte-americano Bob Avakian) pegassem em armas na luta contra o regime teocrático fascista. A luta começou em 1982 nas florestas de Amol, região norte do Irã, porém, a forte repressão fez com que os camaradas só voltassem a lutar contra o governo teocrático em 1984, passando a operar na região do Curdistão.

Insurgentes de 1982.
Ainda que que a República Islâmica do Irã chame Estados Unidos e Inglaterra de “grande e pequeno satã”, respectivamente, o próprio governo iraniano além de manter seu sistema de opressão aos grupos progressistas também oprime o povo do Curdistão (atualmente o povo curdo é formado por mais de 30 milhões de pessoas que vivem na região do Curdistão, localizada entre o Irã, Iraque, Síria, Turquia e Armênia), porém a rebeldia do povo curdo não pode ser detida, devido a guerra popular de independência movida pelo Partido do Trabalho do Curdistão (PKK) em aliança com o Partido Maoísta da Turquia (antigo TKP-ML) e outros grupos menores.

Guerrilheiras do PKK

Guerrilheiros do TIKKO, braço armado do Partido Comunsita da Turquia (Marxista-Leninista)

Como se sabe, a luta antiimperialista assim como qualquer outra luta concreta não se manifestam em meras palavras afáveis, carregadas de idealismo e demagogia, porém, deve-se manifestar em atos, coisa que o governo iraniano não tem feito, e pelo contrário, tem se aliado com governo turco na luta contra a independência do povo curdo, tem oprimido movimentos progressistas, além da cruel repressão aos direitos das mulheres.

ABAIXO AO FUNDAMENTALISMO! VIVA O MAOÍSMO!

VIVA A GUERRA POPULAR NA TURQUIA E A LUTA DO POVO CURDO!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Os tigres de papel




“Todos os reacionários são tigres de papel. Na aparência, os reacionários são terríveis, mas na realidade não são assim tão poderosos. Vendo a longo prazo, não são os reacionários mas sim o povo quem é realmente poderoso”

Mao Tsé Tung, 1946.

É desse jeito que o imperialismo deve ser visto. É claro que deve-se levar em consideração a sua capacidade bélica, porém, ainda assim, são tigres de papel, pois como a história já provou, nenhuma força imperialista é capaz de deter  as massas rebeldes e bem orientadas. 

Além de não conseguir deter a justa rebelião das massas, os imperialistas muitas vezes acabam sendo surpreendidos por seus aliados, quer dizer, seus aliados também podem se tornar seus inimigos.
Neste 11 de setembro, a mídia relembra os 11 anos do atentado terrorista contra as “torres gêmeas” World Trade Center, como se sabe ocorrido em Nova Iorque em 2001, onde milhares de civis inocentes (mais de 2 mil pessoas) morreram. Enfim, "o país mais poderoso do mundo" foi atacado por muçulmanos oriundos de países onde a injustiça predomina.

Esse foi mais uma das vezes em que o imperialismo (seja norte-americano, francês ou britânico) provaram do próprio veneno, quando os membros da Al Qaeda (na época liderada pelo multimilionário saudita Osama Bin Laden) que antes eram seus principais aliados na luta contra os soviéticos no Afeganistão, se tornaram de uma hora para a outra, antes “freedom fighters”, a partir daquele momento se tornaram “terroristas e fanáticos religiosos”.

A reboque das forças imperialistas estão os seus lacaios, países menores que servem de forças auxiliares aos nefastos planos dos imperialistas (seja imperialismo russo, norte-americano, francês, britânico ou até mesmo o social-imperialismo chinês).

Ainda que o nosso “querido” PCdoB em suas palestras apresente as forças de repressão com uma feição dura, invencível, ao mesmo tempo em que pregam o pacifismo, a capitulação perante as forças de repressão dos governos retrógrados, o que ocorre na verdade, apesar da truculência utilizada pela polícia ou pelo exército, eles não são assim tão poderosos, aos ponto de jamais terem conseguido liquidar as facções de narco-traficantes que estabelecem seu poder paralelo nos bairros pobres das grandes cidades do Brasil, além do fato de até hoje o exército brasileiro não conseguir deter a rebeldia do povo do Haiti, apesar dos bilhões gastos anualmente com a manutenção das forças opressoras encostadas no Haiti.

Os imperialistas e seus lacaios são “tão terríveis” ao ponto de até hoje não terem conseguido deter as guerras populares no Peru, Filipinas, Turquia e Índia.
Por isso camaradas, senhoras e senhores, o imperialismo não deve ser temido, deve ser enfrentado, as potências capitalistas e seus lacaios só poderão cair perante a ofensiva revolucionária popular, não podemos falar em paz no mundo enquanto existirem potências e lacaios que mobilizam verdadeiras guerras de rapina. Para deter a guerra de rapina, para derrubar os governos sangue-sugas, a guerra popular se faz necessária.

ABAIXO AO IMPERIALISMO E AOS SEUS CAPANGAS!

VIVA A OFENSIVA DA REVOLUÇÃO PROLETÁRIA MUNDIAL!

VIVA AOS PARTIDOS COMUNISTAS SOB A LUZ DO MARXISMO-LENINISMO-MAOÍSMO!