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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sobre a tortura nas prisões brasileiras


Ainda que envolvida com o tráfico de drogas, o PCC teve origem na luta contra a opressão nas prisões do podre estado burocrata-burguês do Brasil.
Apesar de morte e tortura nas prisões brasileiras parecerem coisas distantes, coisa dos tempos do regime militar, o uso de pressão física contra os detentos continua sendo prática comum nos porões da “democracia” (que na verdade é uma ditadura de milionários).

Um dos casos mais famosos de abusos cometidos contra presos desde o fim do regime militar ocorreu há 20 anos atrás no complexo penitenciário do Carandiru, onde 111 presos rebelados foram mortos pela polícia do podre estado burguês.

A mídia costuma tratar esses casos como isolados, mostra algum ou outro caso de policial que agride o detento ou de algum soldado do exército entregando traficantes para as facções rivais, para depois chorar feito criança no tribunal. Além do mais, há muito tempo a mídia vem escondendo os abusos cometidos pelas tropas brasileiras ou pelas tropas sob o comando do exército brasileiro no Haiti.

Segundo informações do governo burguês brasileiro, 65% dos casos de tortura denunciados através do “Disque Denúncia” são contra os presos (1007 denúncias).  Segundo alegações da Pastoral Carcerária, o número de torturas ocorridas no Brasil é maior, já que a maioria dos presos não tem como fazer a denúncia.

As torturas, em sua maioria ocorrem como forma de obter confissões ou como punição aos detentos. Dessa forma, o estado burguês não satisfeito em criar toda a desigualdade que fomenta da delinquência, transforma as prisões em verdadeiras escolas do crime, jogando o povo contra o próprio povo. Não há exagero em dizer que as penitenciárias brasileiras se transformaram em escolas para o crime, já que nos últimos 18 anos o número de prisões aumentou, enquanto que o número de escolas públicas diminuiu.


O governo fascista brasileiro tenta mascarar tudo isso com o slogan: “País rico é país sem miséria”, referindo-se ao Brasil, que tem um dos piores ensinos do mundo, altos índices de desigualdade social, corrupção,  dependente da economia estrangeira,  submisso aos interesses do imperialismo, tudo isso respaldado por forças policiais que mais matam no mundo.

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