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domingo, 18 de março de 2012

Quando os revisionistas tentam omitir

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Esse texto trata-se de uma singela homenagem a uma das maiores revolucionárias maoístas de todos os tempos: Jiang Qing, ou Chiang Ching, esposa do presidente Mao, que lutou pela aplicação dos princípios revolucionários na China até o momento de sua prisão arbitrária junto com outros cinco membros Comitê Central em 5 outubro de 1976.

Breve história de Jiang Qing

Jiang Qing, nasceu em 19 de março de 1914 na cidade de Zhucheng localizada na província de Shandong, no leste da China.
A jovem atriz Jiang Qing em 1935
Em 1933, Jiang Qing entra para o Partido Comunista da China e começa a trabalhar como atriz no Grupo de Trabalho e Estudo de Shanghai até 1937, quando se muda para Yenan, onde ficava a principal força do Partido Comunista da China. Na época ela adotou o pseudônimo de Lan Ping. Em Yenan, ela trabalhou na Unidade de Cinema Documental. Nessa época ainda haviam membros do Partido Comunista da China com um pensamento feudal, pois diziam que atrizes eram mulheres imorais e que as mulheres não poderiam assumir uma postura revolucionária. Em 1939, com certa relutância do partido, Jiang Qing casa-se com Mao Tse Tung, devido ao pensamento machista que ainda imperava na mente de membros do Partido Comunista, ela teve que assinar um termo de compromisso de que não ia assumir nenhum cargo dentro do partido.
Nos próximos 35 anos, Jiang Qing e Mao Tse Tung seriam muitos mais que um casal, seriam companheiros de luta pela construção do socialismo e pela destruição dos costumes da velha classe.

Jiang Qing e Mao Tsé Tung em Yenan, foto de 1937.
 Com a libertação da China em 1949, pela primeira vez as mulheres se tornaram emancipadas, casamentos forçados foram proibidos, foi dado o direito da participação política e o direito ao divórcio.

Lutando contra a velha cultura dos mandarins

Em 1960, Jiang Qing estava em Shanghai fazendo tratamento, pois esteve com sérios problemas de saúde. Nesse tempo, ela pode assistir espetáculos teatrais, óperas, e filmes, com isso ela percebeu que os espetáculos nada mais eram do que representantes das classes opressoras, pois, o elenco contava com beldades, reis, demônios e deuses, quando a diretriz do presidente Mao era de que a arte deveria estar a serviço das massas, e não de um punhado de opressores e endinheirados. A luta de classes ainda continua após a tomada do poder pelas forças progressistas. Tendo observado tudo isto, ela comentou:

“Nosso palco operístico é ocupado por imperadores, príncipes, generais, sábios e beldades, e em cima destes, fantasmas e monstros... Há bem mais de 600 milhões de trabalhadores, camponeses e soldados em nosso país, ao passo que há apenas um punhado de proprietários, camponeses ricos, contra-revolucionários, maus elementos, direitistas e elementos burgueses. Devemos servir a esse punhado, ou 600 milhões? Os grãos que comemos são cultivados pelos camponeses, as roupas que vestimos e as casas em que vivemos são todos feitos pelos operários, o Exército de Libertação Popular monta guarda nas frentes de defesa nacional e nós ainda não os retratamos no palco. Eu poderia perguntar qual classe os artistas defendem? Essa é a consciência dos artistas que vocês tanto falam?”

Como haviam muitos elementos restauradores no poder durante a gestão de Liu Shao Qi, a proposta cultural revolucionária de Jiang Qing havia tido oposições por parte de Chou Yang, que era chefe do Ministério da Cultura.

Sistema 3 em 1

Além da crítica às peças, Jiang Qing visitou artistas, e diretores com a finalidade de encorajá-los a aplicarem a linha revolucionária artística ensinada pelo presidente Mao. Apesar das várias sabotagens que o trabalho da arte a serviço do povo sofreu por parte de elementos reacionários infiltrados no partido, a fé total nas massas fez com que Jiang Qing e os seguidores do presidente Mao pudessem aplicar com êxito as diretrizes revolucionárias na arte.
Jiang Qing propôs e encorajou as companhias de teatro a adotarem o sistema “3 em 1”, no qual, para desenvolver a peça, deveriam contar com um diretor, o elenco artístico e as massas, funcionaria da seguinte forma: o diretor criaria o enredo, enquanto os artistas fariam a interpretação dos personagens criados pela direção, a peça então ficava sob a avaliação das massas que teriam conhecimento de como seria a peça, então, as massas poderiam criticar, apoiar e adicionar outros elementos, a partir daí, surgia uma arte verdadeiramente à serviço das massas. Uma ópera muito famosa e desenvolvida nesse sistema foi a ópera intitulada de: Destacamento Vermelho de Mulheres.

No comando da Grande Revolução Cultural Proletária

Em meados dos anos 60, enquanto havia uma árdua luta entre duas linhas dentro do Partido Comunista da China, o presidente Mao compreendeu que não basta o expurgo de um punhado de membros reacionários de dentro do partido para que a China pudesse se ver livre da restauração capitalista, deveria golpear as bases que sustentam a linha reacionária que se manifestava dentro do PCCh, assim, deveria-se haver uma grande revolução cultural apoiada nas massas, onde funcionários burocratas, velhos hábitos, costumes e tradições deveriam ser arduamente combatidos pelas massas sob o comando do Partido Comunista.
Jiang Qing trabalhando na comuna de Dazhai, 1975.
Em 1966, estudantes na universidade de Beijing colaram cartazes criticando os diretores da universidade e líderes políticos locais, o presidente Mao apoiou a ação e disse que eram “os primeiros pôsteres marxistas-leninistas de grandes caracteres”, assim, o presidente Mao também encorajou as massas a se levantarem contra os representantes do velho sistema opressor. Jiang Qing compreendeu o caráter revolucionário dessas ações e foi para a Universidade de Beijing encontrar-se com os estudantes e investigar a situação. O que ela percebeu é que as “unidades de trabalho” enviadas pelo partido à universidade nada mais eram do que instrumentos utilizados para minar a combatividade dos estudantes. A camarada Jiang Qing se identificou bastante com a juventude e passou a dispor de bastante prestígio entre os jovens camaradas, inclusive ela foi uma das primeiras a apoiar quando apareceram os primeiros Guardas Vermelhos.
Como grande apoiadora da Revolução Cultural, Jiang Qing tornou-se diretora deputada do Centro do Grupo da Revolução Cultural.
Em dezembro de 1966, ela encorajou com êxito para que os operários tomassem a Feração dos Sindicatos, uma das primeiras tomas de poder pela classe operária.
Nessa época surgiu uma linha oportunista de esquerda que visava  resolver os problemas ideológicos na base de chutes e socos, realmente uma tentativa frustrada de sabotar a Revolução Cultural, sabendo disso, Jiang Qing interveio: “Não batam nem machuquem os outros. A luta pela força só pode tocar na pele e na carne enquanto que a luta ideológica pode tocar no mais profundo de suas essências”.

O legado revolucionário

Junto com o presidente Mao e com outros grandes revolucionários chineses como Kang Sheng, Yao Wenyuan, Wang Hongwen e Zhang Chunqiao, Jiang Qing lutou contra a restauração capitalista encabeçada primeiramente por Liu Shaoqi, e depois contra Deng Xiaoping que mais tarde ajudaria na articulação de um golpe criminoso contra as lideranças revolucionárias na China em outubro de 1976 organizado por Chen Xilien, Hua Guofeng, Ye Jianying e Wang Tungxing.
O golpe dado em outubro de 1976 não foi apenas um ataque à Revolução Cultural ou aos quatro principais dirigentes revolucionários da China, o golpe foi um ataque direto ao falecido presidente Mao, à luta de classes e ao socialismo.
Jiang Qing, Yao Wen Yuan, Chen Bo-da, Zhang Chun Qiao e Yao Wenyuan foram presos em 1976, e só foram levados à um julgamento totalmente forjado, em 1981. Jiang Qing foi condenada à morte mas, sua sentença foi mudada para prisão perpétua, pois sua morte poderia iniciar uma revolta popular de grande escala na China.
Durante o tempo em que esteve na prisão, Jiang Qing sempre permaneceu com o seu ardor revolucionário, criticando a linha reacionária de Deng Xiaoping.
Em 1991 ela foi libertada para fazer tratamento de um câncer na garganta, nessa época ela leu alguns jornais e dizem que ela fez o seguinte comentário ao ver as notícias sobre os rumos que a China havia tomado: “essa não é a linha revolucionária do presidente Mao”.
Em 14 de maio de 1991 Jiang Qing morreu sob misteriosas circunstâncias, a mídia controlada pelos reacionários alegou “suicídio”. 

Zhang Chun Qiao, Chen Bo Da, Wang Hong Wen, Yao Wen Yuan e Jiang Qing durante o julgamento forjado em 1981.
Apesar de toda a calúnia por parte dos revisionistas pró China e pró Hoxha, o legado de Jiang Qing resplandece, sem dúvida ela foi uma grande revolucionária comunista que lutou até o final de sua vida contra as forças malignas do revisionismo sempre com fé total nas massas. Nem calúnia, nem manipulação e nem intrigas serão capazes de apagar a imagem revolucionária construída pela esposa do presidente Mao Tsé Tung, e qualquer ataque à Jiang Qing, é um ataque direto ao presidente Mao.










                                                                                       

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