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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Hoxha estava errado


Os capituladores: Amazonas e Hoxha.
Nos anos 60, China e Albânia, Mao e Enver Hoxha representavam a luta contra o revisionismo.
Mas, infelizmente após a morte do presidente mao e a prisão dos camaradas Wang Hong Wen, Jiang Qing, Yao Wen Yuan, Zhang Chun Qiao, Enver Hoxha passou a fazer críticas sem nexo ao maoísmo, inclusive dizendo que os reacionários Hua Guofeng e Deng Xiaoping eram maoístas, algo que nunca foram, e os fatos provaram isso.
Existem vários pontos dos quais Enver Hoxha fez questão de atacar, um dos mais grotescos, é citado no livro “O imperialismo e a revolução” escrito por Hoxha, a “teoria dos três mundos”, no qual ele dizia que era uma teoria social imperialista e com base na teria burguesa dos três mundos, mas a teoria de Mao Tsé Tung em nada se parece com a teoria capitalista dos três mundos...
Em um artigo de jornal de 1977, Hua Guofeng e Deng Xiaoping trataram de distorcer o escrito de Mao Tse Tung a respeito dos três mundos, para usarem como meio de aproximação com as potências imperialistas, junto com uma “salada” de outras citações.
Para quem não sabe, vejamos qual é a concepção burguesa dos três mundos:

-Primeiro Mundo: Países capitalistas desenvolvidos;
-Segundo Mundo: Países socialistas;
-Terceiro Mundo: Países capitalistas atrasados;

Vejamos agora a concepção do presidente Mao Tse Tung em 1974:

“A meu juízo, os EUA e a União Soviética constituem o primeiro; forças intermediárias como o Japão Europa e Canadá integram o segundo mundo, e nós formamos parte do terceiro. O terceiro mundo compreende uma grande parte da população. Toda Ásia, exceto o Japão, pertence ao terceiro mundo; África inteira pertence a este, e igualmente a América Latina”.

Ta certo, mas, como funcionariam estes três mundos na prática? Vejamos o que o presidente Mao disse na Conferência Nacional dos Secretários em 1957:

“No Oriente Médio têm produzido os acontecimentos do canal de Suez. Um homem chamado Nasser nacionalizou o canal; outro, chamado Eden, enviou ali um contingente de soldados, e desatou uma guerra; em seguida, um terceiro chamado Eisenhower tratou de expulsar os ingleses com o fim de apoderar-se do lugar. (...)Estes acontecimentos nos permitem ver hoje donde se encontra o ponto chave das lutas no mundo hoje. Claro está que os países imperialistas vivem contradições muito agudas com os países socialistas, porém o que fazem agora é tomar como si esferas de influência(...) Na atualidade, suas disputas se concentram no Oriente Médio, região de grande importância estratégica e sobretudo na zona do canal de Suez no Egito. No conflito que ali se vive convergem dois tipos de contradições e três forças distintas. Esses dois tipos de contradições são: primeiro, as “contradições inter imperialistas” ou seja, as existentes entre os EUA e Inglaterra e entre os EUA e França, segundo, as contradições entre as potências imperialistas e as nações oprimidas. Das três forças em jogo, a primeiro são os EUA, a maior potência imperialista, a segunda, Inglaterra e França, países imperialistas de segunda ordem, e a terceira, as nações oprimidas. O principal cenário da atual disputa imperialista o constituem Ásia e África, donde tem surgido movimentos de independência nacional. Os EUA recorrem a meios tanto militares como não-militares; é assim como tem atuado no Oriente Médio”.

Enfim, seria mesmo a teoria dos três mundos, uma teoria social-imperialista, ou uma compreensão das contradições inter-imperialistas, contradições estas, que segundo Lênin, constituem a forças de reserva da revolução proletária.

Dava para escrever um livro neste blog, apenas citando as críticas malucas feitas por Hoxha contra o presidente Mao, mas, este livro já foi escrito pelo camarada Albênzio Dias Carvalho, e se chama, O Revisionismo albanês de Amazonas e sua crítica “demolidora” do maoísmo, livro que é um verdadeiro tapa na cara das ratazanas eleitoreiras do atual PCdoB e dos hoxhaístas, que do dogmato-sectarismo vão para o revisionismo.
Eis o livro, uma obra-prima anti-revisionista escrita pelo camarada Albênzio.
Hoxha não era um sujeito desprezível e anti-marxista, mas, seu marxismo livresco, dogmático, se transformou em “fogo amigo”, cuspindo no prato onde comeu, e seu dogmatismo e sectarismo acabou abrindo brechas para elementos anti-partido como Ramiz Alia.

ABAIXO AO OPORTUNISMO, VIVA O MAOÍSMO!

SER COMUNISTA É SER MAOÍSTA!

Um comentário:

  1. Quero aproveitar aqui para colar a seguinte resposta à Nexmihje Hoxha no youtube:
    Ele teve tanta longa vida, que falou tanto mal de Cuba e Fidel Castro, porém não foi a revolução cubana que caio e perdeu sua força, não foi a imagem de Che Guevara que foi derrubada da praça da revolução, não foi o Fidel que destruiu igrejas e mesquitas, pelo contrário, ele recebeu três Papas. Enfim. Por que a Revolução Cubana está em pé ainda hoje com Raul Castro, enquanto a albanesa com Ramiz Alia foi derrubada? Responda dona Nexhmije Hoxha!

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