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terça-feira, 7 de julho de 2015

SAUDAÇÕES VERMELHAS PARA KA PARAGO QUE AMOU AS MASSAS E A REVOLUÇÃO.



Texto extraído da página oficial da Frente Nacional Democrática das Filipinas (http://www.ndfp.org/red-salute-to-ka-parago-who-loved-the-masses-and-the-revolution/), publicado no dia 2 deste mês em razão da morte (dia 28/06/15) do comandante do Novo Exército Popular (braço armado do Partido Comunista das Filipinas), o camarada e comandante Parago.
Comadante Ka Parago
2 de julho de 2015

“Viva a revolução! Viva as massas!” Palavras finais de Comandante do NPA Ka Parago, quando os soldados inimigos o crivaram de balas.

Ka Leoncio Pitao, Kumander Parago, aderiu ao Novo Exército Popular em 1978 depois que seu pai foi morto por tropas do governo em Loreto, Agusan do Sul.

Ele viveu com as massas, as amou e plantou as sementes da revolução em seus corações. Ele se tornou conhecido e honrado como protetor dos pobres e oprimidos. As massas da região sul de Minadanao carinhosamente o chamava de “Tatay, ou Ka Ago”.

Ele se tornou um lendário combatente guerrilheiro e comandante, liderando numerosas ofensivas táticas ousadas contra as forças inimigas do regime reacionário das Filipinas apoiado pelo imperialismo norte-americano.

Entre as conquistas mais destacadas da sua unidade guerrilheira estava a invasão audaz da Colônia Penal de Davao em abril de 2007. Onde foram confiscados cinco fuzis M16, 45 carabinas, 46 escopetas e sete pistolas calibre 38. A ofensiva tática foi completada em 20 minutes, sem disparar um tiro. Os guardas foram surpreendidos e desarmados. Nenhum deles ficou ferido.

Em fevereiro de 1999, ele liderou a captura do general do exército Victor Obillo e o capitão Alex Montealto. O Comandante Parago trabalhou com o Painel de Negociações da FNDF* para realizar a sua libertação ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e os oficiais do governo, senador Loren Legarda, secretário da justiça e membros do painel da GRP Silvestre H. Bello III em abril de 1999, o chefe legal da FNDF Consuel Romero T. Capulong e o consultor político Sotero Llamas estiveram presentes para a altamente publicada libertação.

O General Obillo  sobre a sua libertação elogiou o Comandante Parago por dar a ele e ao cpt Montealto um tratamento humano durante o seu cativeiro. Uma vez, Obillo disse, que lhe foi dado uma bebida alcoólica porque ele estava trêmulo nas montanhas geladas, embora os combatentes do NEP não estivessem autorizados a ter bebidas alcoólicas. Obillo mais adiante expressou admiração pela maestria de Parago em campo. 

Parago foi capturado em novembro de 1999. Ka Coni Ledesma membro do painel de negociações do FNDF e fomos privilegiados em visitá-lo no campo prisional Aguinaldo. Juntos com o advogado Edre Olalia, teve lugar uma conferência de imprensa na prisão. Durante a conferência de imprensa e conversações conosco, ele expressou seu profundo desejo de voltar para sua massa querida em Mindanao. Ele foi solto em fiança em setembro de 2001 para o supremo bispo da igreja filipina independente, Tomas A. Millamena. Sua soltura foi uma confiança e boa vontade para fomentar o recomeço das negociações de paz entre GRP e o FNDF. Estas negociações estavam prestes a acontecer em Oslo com o governo real norueguês como facilitar oficial do Terceiro Partido.

Após sua soltura, ele reuniu-se com sua massa amada em Mindanao e reassumiu seu papel de destaque em sua luta revolucionária. Em face aos ataques militares escalados do inimigo contra o povo, o comandante Parago liderou a ousada e bem sucedida operação do NEP. O medo e o ódio do inimigo intensificaram-se contra ele.

Em 2009, os agentes do governo sequestraram, estupraram e assassinaram sua filha, Rebelyn. Isto não o fez para de continuar  enfrentando o inimigo. Apesar de sua raiva contra o ato vil do inimigo em estuprar e assassinar a sua filha, ele aderiu à política do movimento revolucionário de conceder tratamento humano aos cativos do NEP e providenciar sua segurança e libertação tranqüila como Prisioneiros de Guerra, caso não sejam responsáveis por sérias ofensivas criminais contra o povo. Mas só alguns daqueles agentes inimigos identificados no assassinato e estupro da sua filha foram submetidos à justiça revolucionária.

Por alguma vez, era sabido de alguns camaradas e massas que Ka Parago estava com diabetes, hiper tireoidismo, hepatite, hiper tensão, e ele não poderia caminhar firmemente. Foi-lhe oferecida a saída para descanso e tratamento médico, mas ele recusou. Ele decidiu permanecer e viver com as massas.

Ele estava passando por tratamento médico com Ka Kyle ou Vanessa Limpag, quando o inimigo crivou de balas o comandante Parago. Ka Kyle estava pronta para levantar as mãos e gritar que ela era médica, mas ela também foi arrasada para o chão. Ela morreu instantaneamente. 

Em um forte contraste com o tratamento humano dado pelo comandante Parago ao general Obillo, cpt Montealto e outros Prisioneiros de Guerra, as tropas sob o general Ano executou sumariamente o comandante Parago e sua médica, Vanessa Limpag. O general Ano e suas tropas estão sujeitas à investigação por violarem a lei internacional humanitária, CARHRIHL e a Convenção Internacional de Direitos Civis e Políticos (CIDCP) por matarem o comandante Parago e Vanessa Limpag estando fora de combate, entre outros. As unidades sob o general Ano, notório pelo envolvimento no desaparecimento de Jonas Burgos, deve também ser investigado pelas mortes extrajudiciais dos líderes de povos indígenas, o fechamento das escolas de Lumad, e o acampamento de tropas em escolas e outros lugares públicos.
A Frente Nacional Democrática das Filipinas adere com as massas em Mindanao, e por todo o país, com o Partido Comunista das Filipinas, com o Novo Exército Popular e os órgãos de poder político em luto à morte do grande revolucionário, o brilhante comandante do NEP, mártir do povo e herói, Kasamang Leoncio Pitao, Kumander Parago. Tornamos nossa tristeza em coragem revolucionária.

O espírito revolucionário e legado do Kumander Parago vive nos milhares de combatentes revolucionários que são treinados e nas massas massas revolucionárias cujos corações ele plantou as sementes da revolução. Tatay para as massas que ele amou e serviu com seu imortal espírito de luta será o farol de inspiração para a revolução filipina e para as massas!

Viva o espírito revolucionário do camarada Leoncio Pitao, Comandante Parago!
Viva as massas revolucionárias das Filipinas!
Viva o PCF, NEP e FNDF!
Viva o povo filipino!

LUIS G. JALANDONI
MEMBRO DO COMITÊ NACIONAL EXECUTIVO DA FNDF

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