Entre 18 e 19 de junho de 1986, 254 presos políticos e
prisioneiros de guerra peruanos foram covardemente assassinados pelas tropas de
repressão sob a batuta do ditador Alán Garcia Pérez.
Os prisioneiros da ilha de Callao, e nos presídios de
Frontón e Luringancho se rebelaram contra os militares fascistas que utilizavam
aquelas prisões como grandes centros de tortura e extermínio de comunistas. A
repressão e as condições subhumanas daquelas prisões fizeram com que os presos
políticos se rebelassem e convertessem aquelas grandes masmorras em luminosas
trincheiras de combate.
Segundo contam antigos membros do PCP, ainda no dia 7 de
junho (11 dias antes do início do
massacre) as forças de repressão já planejavam um grande extermínio de
prisioneiros.
Pois bem, os presos políticos e prisioneiros de guerra já
haviam planejado ha algum tempo a resistência nos presídios, como em Frontón, com
um sistema ao estilo “formiguinhas” eles construíram um bunker com capacidade
para abrigar 150 pessoas e conseguiram cimentar em parte as janelas do
presídio.
Em outras prisões, os camaradas improvisam lanças, arco e
flecha, balestras, facas, explosivos plásticos conhecidos como “queijo russo”,
e no caso de Luringancho, os presos improvisaram coletes a prova de balas com
as bandejas do refeitório.
Apesar da fabricação das armas brancas, em Frontón os presos
conseguiram fazer alguns agentes prisionais de refém, conseguindo capturar 3
fuzis e uma pistola, fazendo com que a resistência em Frontón durasse mais
(cerca de 13 horas).
O fator psicológico também influenciou bastante, toda vez
que os petardos das tropas reacionárias não afetavam as paredes dos presídios,
os camaradas gritavam “viva la revolución", e entoavam cantos de batalha.
Assim, os fascistas tiveram de usar bombas bem mais poderosas, destruindo
grande parte das prisões de Luringancho e Frontón.
Quando os camaradas resistentes se entregaram, a liderança
saiu primeiro entre os escombros cantando “A Internacional”, as tropas
fascistas iniciaram a fuzilaria contra os camaradas, assim, mataram 254
combatentes vermelhos. A maioria desses combatentes havia sobrevivido aos
ataques durante a resistência na prisão. O que aconteceu foi que os militares
mataram a sangue frio depois que eles já haviam se entregado, provocando assim
uma das maiores chacinas contra prisioneiros na história do Peru.
O Partido Comunista do Peru no ano seguinte adotou o dia 19
de junho como Dia da Heroicidade, em honra aos heróis caídos, esse dia até hoje
é comemorado pelos comunistas e revolucionários do mundo todo.
Relembramos com honra e glória estes combatentes que nos
servem de inspiração para prosseguir no combate contra todo o tipo de força
reacionária, nos inspiram a tomar a firme decisão em dar a vida ao Partido, à
revolução proletaria, a servir as massas de todo o coração, e ao
marxismo-leninismo-maoísmo e Pensamento Gonzalo!
Grande notícia camarada, ao que parece a guerra popular será reiniciada no Nepal por comunistas inconformados com as atitudes de Prachanda.
ResponderExcluir