Grafite em SP homenageando Marighella |
Há
exatos quarenta e quatro anos morria um dos maiores revolucionários deste país:
Carlos Marighella.
Desde
jovem Marighella era um comunista combatente. Aderiu ao Partido Comunista do
Brasil nos anos 30. Preso em 1936, pouco tempo depois do levante popular de
1935, Marighella foi duramente torturado nos cárceres do governo nazi-fascista
de Getúlio Vargas, resistindo bravamente, sendo solto em 1937, e tornando a ser
preso em 1939, sendo solto em 1945. Depois disso tornou-se membro do Comitê
Central do PCB.
Entre outros trabalhos dentro do PCB, também se destaca o fato de ter dirigido a Revista Problemas de 1947 a 1948. |
Em
meados da década de 50 esteve na China onde conheceu a Nova Democracia em
aplicação na recém-estabelecida Republica Popular.
Também
representou o PCB durante o XX Congresso do PCUS em 1956, e retornou chorando
ao Brasil depois de ter ouvido as acusações contra Stalin, feitas por Kruschov
e seus seguidores.
Apesar
de Marighella não ter aderido na reconstrução do PC no Brasil em 1962, aderiu à
linha cubana, na época uma linha centrista, que visava conciliar a luta armada
foquista com o pacifismo soviético. Porém, foi nos anos 60 que a linha de
Marighella começou a tornar-se mais clara, e finalmente em 1966, rompeu com o
PCB de Prestes e formou a ALN (Aliança Libertadora Nacional), uma guerrilha
urbana, que ficou famosa pela atuação em conjunto com o MR-8 no seqüestro do
embaixador norte-americano Charles Elbrick em 1969.
Xerox da capa da revista Veja de 1969 |
Assim,
Marighella tornou-se o “terrorista” mais procurado de todo o país.
Além da
atuação maravilhosa na guerrilha urbana, Marighella também traduziu obras de
Che Guevara como “A guerra de guerrilhas”, e foi o autor do célebre livro:
Manual do Guerrilheiro Urbano. Uma boa obra para quem quer se aprofundar no
modo de operar uma guerrilha urbana.
Mesmo
Carlos Marighella tendo uma visão foquista, ele reconheceu a necessidade da
luta armada como meio de libertação dos povos oprimidos. O que muita gente
distorce, é que a ação guerrilheira atualmente deve-se limitar somente às zonas
urbanas. Marighella, que viveu numa época onde a população urbana superou a
população rural, deixou claro em seu manual que a revolução deve começar no
campo, sendo a guerrilha urbana um complemento da guerrilha rural.
Infelizmente
em 4 de Novembro de 1969, Marighella morreu em uma emboscada armada pela
polícia fascista em São Paulo. Marighella deixou de viver no mundo e
eternizou-se na história de lutas deste país.
Por
isso, dizemos em alto e bom tom:
HONRA E GLÓRIA A CARLOS MARIGHELLA!
VIVA A LUTA ARMADA! VIVA A REVOLUÇÃO!
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