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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

VIVA MARIGHELLA!


Grafite em SP homenageando Marighella

Há exatos quarenta e quatro anos morria um dos maiores revolucionários deste país: Carlos Marighella.

Desde jovem Marighella era um comunista combatente. Aderiu ao Partido Comunista do Brasil nos anos 30. Preso em 1936, pouco tempo depois do levante popular de 1935, Marighella foi duramente torturado nos cárceres do governo nazi-fascista de Getúlio Vargas, resistindo bravamente, sendo solto em 1937, e tornando a ser preso em 1939, sendo solto em 1945. Depois disso tornou-se membro do Comitê Central do PCB.

Entre outros trabalhos dentro do PCB, também se destaca o fato de ter dirigido a Revista Problemas de 1947 a 1948. 
Em meados da década de 50 esteve na China onde conheceu a Nova Democracia em aplicação na recém-estabelecida Republica Popular.

Também representou o PCB durante o XX Congresso do PCUS em 1956, e retornou chorando ao Brasil depois de ter ouvido as acusações contra Stalin, feitas por Kruschov e seus seguidores.

Apesar de Marighella não ter aderido na reconstrução do PC no Brasil em 1962, aderiu à linha cubana, na época uma linha centrista, que visava conciliar a luta armada foquista com o pacifismo soviético. Porém, foi nos anos 60 que a linha de Marighella começou a tornar-se mais clara, e finalmente em 1966, rompeu com o PCB de Prestes e formou a ALN (Aliança Libertadora Nacional), uma guerrilha urbana, que ficou famosa pela atuação em conjunto com o MR-8 no seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick em 1969.

Xerox da capa da revista Veja de 1969
Assim, Marighella tornou-se o “terrorista” mais procurado de todo o país.

Além da atuação maravilhosa na guerrilha urbana, Marighella também traduziu obras de Che Guevara como “A guerra de guerrilhas”, e foi o autor do célebre livro: Manual do Guerrilheiro Urbano. Uma boa obra para quem quer se aprofundar no modo de operar uma guerrilha urbana.

Mesmo Carlos Marighella tendo uma visão foquista, ele reconheceu a necessidade da luta armada como meio de libertação dos povos oprimidos. O que muita gente distorce, é que a ação guerrilheira atualmente deve-se limitar somente às zonas urbanas. Marighella, que viveu numa época onde a população urbana superou a população rural, deixou claro em seu manual que a revolução deve começar no campo, sendo a guerrilha urbana um complemento da guerrilha rural.

Infelizmente em 4 de Novembro de 1969, Marighella morreu em uma emboscada armada pela polícia fascista em São Paulo. Marighella deixou de viver no mundo e eternizou-se na história de lutas deste país.

Por isso, dizemos em alto e bom tom:

HONRA E GLÓRIA A CARLOS MARIGHELLA!


VIVA A LUTA ARMADA! VIVA A REVOLUÇÃO!

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